terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Liberdade.



Que tipo de liberdade é essa que a gente sempre fala que tem?

Porque como cristã, tenho total consciencia que nao tenho liberdade nenhuma de escolher a partir do momento em que entreguei minha vida a Cristo, fiz isso sabendo que quem vive em mim agora é Ele. Suas vontades, seus sonhos e seus desejos.
Me tornei escrava voluntária de sua justiça, e de sua palavra, não porque fui obrigada, mas porque Ele me amou primeiro, me constrangendo a ama-lo tambem.
E a partir disso, meu corpo, minha alma, e meu espirito se sentem como se numa divida de gratidão, numa divida de amor, temor e respeito. Por isso faço como Ele quer.

Pelo menos deveria ser assim sempre.
Meu livre arbitrio permite que eu tome minhas proprias decisoes, e sofra minhas proprias consequecias.
E parafraseando Romanos, ainda que queira obedece-lo integralmente, todos os dias e todos os segundos, e ama-lo da maneira como Ele deve ser amado, minha natureza me incentiva e me impulsiona a ir contra isso e viver como eu quero, e como acho que deve ser.
Então me sinto presa? Ou me sinto livre?

É mais uma das loucuras do evangelho, que eu nao sei explicar, porque tenho uma mente limitada na minha fraca humanidade. Quero um dia ser o suficiente mais proxima do divino pra poder enteder o que vem de lá.

Hoje me sinto livre, livre da culpa, livre do medo, livre da dependencia, livre de pré-conceitos, livre de parâmetros da sociedade, livre de paradigmas.
Ser escravo de Cristo, me faz livre do mundo. De tudo o que me suga para parecer cada vez mais com ele, de tudo o que ele me oferece pra estar no alto, pra ser mais forte e ter mais poder. Me faz livre de todo o alimento que o mundo dá e vende, pra fazer as pessoas escravas de seus prazeres, e se tornarem viciadas em se auto-saciarem mesmo nunca estando satisfeitas.

Esse espírito relativista me dá asco, esse espirito superficial que faz de Deus um mero amuleto me enjoa e me enoja.
É impossível ser só isso, tem que haver algo mais.

A cruz de Cristo é a saída, é o escape.
Mas ela nao vem sozinha, ela vem acompanhada da minha cruz.
Todos os dias, todas as manhãs, acompanhas das misericórdias de Cristo.
Ser escravo, é ser livre.

É a loucura do evangelho.
É a loucura da Cruz.
É a loucura de Cristo.

2 comentários:

  1. saritcha que delicia ler seu texto! Obrigada por essa mensagem; realmente a loucura da cruz é real: somos livres do mundo, escravos (por escolha) de Cristo. E a vida atraves da graca Dele, quando nos alimentamos de seu amor sacrificial, percebemos que vida e liberdade se tornam a mesma coisa. é LINDO! =)

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  2. Vc sabe o qto amo ler as coisas q vc escreve!
    Que em 2011 Deus te inspire mais e mais!
    amo vc! bjs!

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